24 de ago. de 2012

Força da Natureza

Tão voraz...
Veio como um vulcão queimando a altas temperaturas, desfazendo tudo o que encontrava em seu caminho, espalhando cinzas a longos metros de distância enevoando todos os pensamentos, embaçando toda a visão, perturbando os sentidos, tocando fundo e invadindo sem pedir permissão.
Que poder é esse?
Quem lhe concedeu tamanha potência e ferocidade?
Como pode ser tão extraordinário fenômeno, transformando tudo por onde passa?
Está em constante mutação e atividade, abalando as estruturas, algo que precisa deixar sua marca, seu rastro de medo, pavor, terror e simultaneamente encanto, beleza inigualável, suas explosões, erupções que causam horror, esplendor e fascínio.
Diante disso nos vemos tão  vulneráveis, tão impotentes, tentando lutar e resistir contra uma tão poderosa natureza.
Essa é a ordem natural das coisas, não podem ser evitadas, muito menos controladas, tem autonomia e voz própria.
Essa incalável música que insiste em ressoar como um badalar dos sinos, que enquanto não param permanecem tocando em tons graves e agudos os nossos ouvidos sensíveis, tão empobrecidos, tão miseráveis diante de tamanha magnificência de um badalar que ecoa, ressoa, perpetua, e que mesmo diante do cessar ainda continua em nossa cabeça e em nosso coração, como uma melodia dos anjos...

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