27 de nov. de 2011

Lágrimas

Hoje é o quarto dia em que a noite chega e com ela as lágrimas escorrem sobre meu rosto
Lágrimas que escorrem lentamente, que carregam tanto penso, tanta dor, tanta incerteza.
Lágrimas de puro sofrimento, lágrimas que rasgam meus olhos e queimam minha face
Gotas pesadas que caem sobre meu corpo, e que espalham em cada partícula um pouco do que sou.
Cada lágrima carrega consigo um peso do meu ser, um peso que recai sobre os meus ombros mais uma vez
Brotam num grito profundo, e dilaceram minha garganta quando as tento prender
Sufoco-me tentando retraí-las, tentando me ludibriar, ledo engano!
Por fim quando já não tenho mais controle, quando perco o tato, elas irrompem e caem torrencialmente
E com cada uma delas caem minhas máscaras, minhas fantasias, minhas doces e velhas mentiras

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